terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Olá....

OBRIGADO POR VISITAREM MEU BLOG E PRINCIPALMENTE POR AMAREM AS ORQUÍDEAS!!! ASSIM COMO EU ................

História da Orquidofilia.

A palavra orquídea tem origem no vocábulo grego "orkhis". O qual significa testículo. O nome da família - Orchidaceae - foi assim estabelecido pelo fato das primeiras espécies conhecidas possuírem duas pequenas túberas (espécie de calo) gêmeas, que na visão dos povos que as descobriram sugeriam os testículos humanos.

    Provavelmente a primeira referência documentada desse nome tenha sido feita no terceiro século a.C. pelo filósofo e naturalista grego Teofrasto, em sua obra sobre as plantas. Esse estudioso foi discípulo de Aristóteles e é considerado o pai da Botânica.
 
    Naquela época as pessoas acreditavam que esses tubérculos existentes nas orquídeas locais tinham poderes afrodisíacos e então os usavam na alimentação, depois de convincentemente separados...
 
    É óbvio que a história das orquídeas data de muitos milhares de anos atrás, tendo os nossos ancestrais com certeza se deparado com elas em muitas oportunidades; mas não existem dados concretos sobre isso e só podemos citas aquilo que está de alguma forma registrado.
 
    Assim, no meio de tamanha obscuridade, podemos citas referências feitas às orquídeas pelos chineses há aproximadamente 4 mil anos, quando a palavra "lan", que identifica essas palavras, aparece citada.
 
    O célebre Confúcio (551 a 479 a.C.) também faz algumas referências às orquídeas, e no século III são mencionadas duas espécies dessa família de plantas num manuscrito chinês de botânica. Em alguns outros livros chineses escritos entre 290 e 370 d.C, há referências mais concretas sobre as orquídeas.
 
    Ainda na China, mais tarde durante a Dinastia Sung (960 a 1279), apareceram muitos trabalhos dissertando sobre as orquidáceas, abrangendo os mais diversos aspectos dessas plantas.
 
    No ocidente, depois de Teofrasto, no primeiro século da nossa era, apareceu uma obra intitulada "Matéria Médica", onde o autor, um médico grego de nome Dioscórides, reuniu informações sobre 500 plantas ditas medicinais, entre as quais se incluíram duas orquídeas.
 
    Na história dos antigos povos das Américas, também são feitas referências às orquídeas. As mais importantes no que diz respeito à utilização pelos astecas e mais das favas da Vanilla que eles usavam para dar aroma a algumas das suas bebidas. O nome asteca para a baunilha era "tlilxochitl", que significa flor negra, numa alusão às favas pretas dessas plantas quando maduras. Os maias a chamavam de "sisbic".
 
    Com o domínio espanhol sobre esses povos, as favas da Vanilla foram introduzidas na Europa. Hoje a Vanilla é usada como aromatizante em todo o mundo, conhecido como baunilha.
 
    No século XVI eram mencionadas apenas 13 espécies européias de orquídeas, todas terrestres. Só bem mais tarde os botânicos começaram realmente a tentar classificar as plantas de uma maneira ordenada, aparecendo então menções de orquídeas vindas para a Europa de várias partes do mundo.
 
    Em 1735, o famoso botânico sueco Lineu (Linnaeus, ou ainda Carl von Liné), no seu trabalho "Species Plantarum", começou a estabelecer a primeira classificação das plantas usando um nome genérico seguido de um nome específico, empregando então pela primeira vez a palavra Orchis para designar um gênero de orquídeas, e citando 62 espécies diferentes nesse seu trabalho. Mais tarde Jussieu usou esse nome para designar toda a família Orchidaceae.
 
    A primeira orquídea americana oficialmente registrada saiu da América Central e floriu na Europa em 1732, recebendo o nome de Bletia verecunda. Em 1788 floriu na Europa e foi registrado o então Epidendrum fragrans Sw. Atualmente essa planta chama-se Prosthechea fragrans (Sw.) W.E. Higgins, e até que se descubra uma outra planta brasileira de menção anterior, temos de considera-la como a primeira orquídea brasileira registrada, embora de forma indireta, pois ela não saiu do nosso País e sim da América Central.
 
    Os estudos de Lineu foram o ponto de partida para as importantíssimas pesquisas de Darwin, que culminaram com a sua teoria da evolução das espécies, entre muitos outros trabalhos.
 
    Em geral os coletores que viajavam pelo mundo não eram os responsáveis pelas descrições das espécies, mesmo que fossem botânicos, como era o caso de von Martius e de Saint-Hillaire, pois tinham que atender nessas suas expedições a muitos interesses. Os estudos e descrições das plantas eram feitos por botânicos que trabalhavam em diversas instituições européias.
 
    Em 1830, o inglês John Lindley fez a primeira classificação sistemática das orquídeas. É ele o responsável pelo estabelecimento de mais de 350 orquídeas brasileiras, ou seja, mais que 10% de todas as nossas espécies conhecidas até os dias de hoje.
 
    As orquídeas constituem, com suas mais de 25 mil espécies registradas até o momento, uma das maiores e mais evoluídas famílias do Reino Vegetal, possibilitando ainda a formação de inúmeros híbridos, por meio de cruzamentos ocorridos na natureza, bem como realizados de forma artificial pela mão humana.
 
    Elas vegetam nos mais diversos ambientes, desde regiões frias a quentes; de secas a muito úmidas; de elevadas até baixas altitudes. Existem em maior número de espécies nas regiões tropicais e subtropicais, em altitudes não superiores a 2 mil metros. Muitas orquídeas, principalmente as que vivem nas regiões frias ou temperadas, crescem no solo, sendo chamadas de terrestres.
 
    Já nas zonas tropicais e subtropicais, a predominância das espécies ocorre nas florestas, onde a umidade atmosférica é muito alta, com dias relativamente quentes e noites mais frescas. Lá as orquídeas ocorrem, na sua maioria, sobre as árvores e outros vegetais, dividindo o espaço com outras famílias de plantas. Neste caso são chamadas de epífitas.
 
    É importante esclarecer que nenhuma orquídea é parasita, usando as árvores ou outros vegetais apenas como hospedeiros, sem deles nada tirar.
 
    Alguns gêneros têm uma área de distribuição muito ampla, existindo mesmo alguns que ocorrem no mundo todo (por exemplo, Bulbophyllum), enquanto alguns outros têm ocorrência muito restrita, como o gênero brasileiro Hoehnneella.
 
    Da mesma forma, alguns gêneros têm muitas espécies enquanto outros têm apenas uma. A Pleurothallis possui cerca de 1.130 espécies. A Bulbophyllum tem mais de mil espécies. Já a Isabelia, apenas 3 espécies. Com somente uma espécie, temos a Schunkea.
 
Fonte: Caderno Orquidófilo, 3ª Edição, Editora Brasil Orquídeas. 

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Reflexão....

"Refletir é um ato de introspecção onde fechamos nossos olhos para o mundo e o abrimos para nosso universo interior, ali encontraremos somente a verdade, nada mais..."

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Ausente...

Olá. pessoal!!!!
Quero avisar que vou ficar ausente por uns dias, mas prometo muitas novidades quando voltar.

Um grande abraço Orquídea Anônima

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Meio 7

Essa fórmula é muito conhecida entre os orquidicultores principalmente aos que se dedicam a clonagem de orquídeas. É um meio completo e complexo, e tem que ser feito com muito cuidado, principalmente na hora de ajustar o pH, se nao estiver perfeito, todo o meio e o trabalho vao pelo ralo. O meio recebe esse nome por causa de seus inventores Murashige e Skoog de 1962 .                                                                          
                                          
                                              Meio "MS"
Para 1 litro de Meio.
Macronutrientes
1,65 gr........................................nitrato de amônia
1,9 gr.........................................nitrato de potássio
440 mg........................................nitrato de cálcio
170 mg........................................fosfato de potássio
37,3 mg.......................................Fe-Edta

Micronutrientes
6,2 mg........................................ácido bórico
22,3 mg.......................................sulfato mangânes
3,93 mg.......................................sulfato de zinco
0,83 mg.......................................iodeto de potássio
0,25 mg.......................................molibdato de sódio
0,025 mg......................................sulfato de cobre
0,025 mg......................................cloreto de cobalto

Componentes Orgânicos
1,0 ml.........................................tiamina
100 a 150 ml..................................água de côco
30 gr...........................................sacarose
2,2 gr..........................................gel rite

pH: 5,2 a 5,5 (dependendo da espécie).

Obs: Há variantes nessa fórmula, alguns adicionam mais alguns produtos e hormônios, mas essa é a fórmula original, bom qualquer dúvida, o e-mail ao lado está a disposiçao.

Boa Sorte!!!

Meio 6

Esse é um meio bom para germinaçao de sementes de Cypripedium, foi desenvolvido por Lewis Knudson.

                                     Meio  Fórmula C.

1 gr...................................nitrato de cálcio
0,25 mg..............................fosfato monobásico de potássio
0,50 mg..............................sulfato de amônia
0,025 mg.............................sulfato ferroso
0,0075 mg............................sulfato de mangânes
20 gr..................................açúcar ou dextrosol
12 gr..................................ágar-ágar
1 litro.................................água destilada
pH: 5,2

Como fazer: Misture todos os ingredientes em 1 litro de água, dentro de uma panela esmaltada, leve ao fogo baixo, por 20 minutos ou até dissolver o ágar. Ainda quente distribua em frascos individuais e leve a autoclave para ser esterilizado, por 20 minutos á 120º.
Esse meio tem a consistência sólida e pode ser usado para germinaçao.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Meio 5

Essa fórmula é chamada de A-1.

                           Meio de Cultura A-1.

1 gr..................................nitrato de cálcio
0,50 mg.............................sulfato de amônia
0,25 mg.............................fosfato monobásico de potássio
0,25 mg.............................sulfato de magnésia
12 gr................................ágar-ágar
20 gr................................açúcar
0.05 mg.............................fosfato férrico
6.0 gr................................selepo
2,0 gr................................guano
1 litro................................água destilada
pH: 5,4

Como fazer: Misture todos os ingredientes em 1 litro de água dentro de uma panela esmaltada e leve ao fogo baixo por cerca de 20 minutos, até que o ágar se dissolva completamente. Ainda quente distribua em frascos individuais e leve para esterilizar na autoclave por 20 minutos á 120º.
Esse meio fica com a consistência sólida, e pode ser usado para semeadura.

Meio 4


Fórmula Profº. Burgeff

                                       Meio de Cultura Burgeff.

1 gr........................................nitrato de cálcio
0,25 mg...................................fosfato monobásico de potássio
0,25 mg...................................sulfato de magnésio
0,50 mg...................................sulfato de amônia
0,025 mg..................................sulfato ferroso
0,0075 mg.................................sulfato de mangânes
20 gr.......................................açúcar cristal
12 gr.......................................ágar-ágar
1 litro......................................água destilada
pH: 5,4

Como fazer: Misture todos os ingredientes em uma panela esmaltada eleve ao fogo baixo por cerca de 20 minutos até que o ágar se dissolva completamente. Ainda quente, distribua em frascos individuais e leve para esterilizar na autoclave por 20 minutos á 120º.
Esse meio tem a consistência sólida e pode ser usado para semeadura e repicagem.

Meio 3

Fórmula La Garde

                                  Meio de Cultura La Garde.

1gr..................................sulfato de magnésio
1gr..................................nitrato de cálcio
1gr..................................fosfato monobásico de potássio
1gr..................................cloreto de cálcio
0,50mg..................................nitrato de amônia
0,50mg..................................carboanto de amônia
0,05mg..................................fosfato férrico
20gr.....................................glicose, sacarose ou maltose
12gr.....................................ágar-ágar
1litro....................................água destilada
pH: 5,4

Como fazer: Misture todos os ingredientes em uma panela esmaltada, e leve ao fogo baixo por 20 a 30 minutos, até que o ágar se dissolva. Ainda quente, distribua em frascos individuais e leve a autoclave para  esterilizar, por 20 minutos a 120º.
O meio deve ficar com a consistência sólida. Pode ser usado para semeadura e repicagem.

Meio 2

Autoclave

Frascos com meio de cultura e sementes já germinadas.

Fórmula Sr.C.Chang

                             Meio de Cultura com Emulsao de Peixe.

1 e meia colher (chá)..............................emulsao de peixe
1 colher (chá).......................................peptona
12 gr..................................................ágar-ágar
1 litro.................................................água destilada ou filtrada
6 colheres (chá).....................................açúcar cristal
pH: 5,0 a 5,2

Como fazer: misture todos os ingredientes em uma panela esmaltada e leve ao fogo baixo, mexendo por até 20 minutos para que o ágar de dissolva completamente. Ainda quente distribua em frascos, e leve para esterilizar na autoclave, por 20 minutos a 120º.
Esse meio também pode ser usado para semeadura.

*Emulsao de peixe: é um adubo muito rico em sais minerais e outros elementos de grande valor para as plantas, com excelente resultado nas semeaduras.

Meio 1.

Fórmula Dr.J.R.Meyer - 1944

                                        Meio de Cultura com Tomates I

1 kilo....................tomates (maduros)
500 ml...................água destilada
9 gr......................ágar-ágar
pH: 5,0

Como fazer: Depois de muito bem lavados, os tomates devem ser cortados em 4 e colocados em uma panela esmaltada, junto metade da água destilada. Colocar a panela no fogo por 20 minutos. Quando os tomates estiverem cozidos, devem ser esmagados num espremedor, colocar o liquído resultante para ser coado em papel filtro, complete com o restante da água destilada e junte com o ágar. Levar essa mistura em fogo baixo, na panela esmaltada, mexendo sempre até que o ágar esteja dissolvido. Ainda quente divida o liquído em frascos e leve a autoclave para serem esterilizados. Nessa fórmula nao é necessário ajustar o pH, pois o tomate já tem a acidez ideal. Depois de frio pode ser usado para semeadura.
*Essa fórmula é a mais simples e dispensa o uso de produtos químicos.



                                     Meio de Cultura com Tomates II

1 kilo.....................tomates (bem maduros)
1 litro....................água destilada (ou da chuva)
20 gramas................áçucar branco
1 grama..................vitamina B1 (em pó)
15 gramas................ágar-ágar

pH: 5,0

Como fazer: Depois de muito bem lavados, os tomates devem ser cortados em 4 e colocados em uma panela esmaltada, junto com a água destilada. Colocar a panela no fogo por 20 minutos. Sobre uma tigela, colocar uma peneira e dentro dela uma gaze fina, ou uma pano tipo perfex. Quando os tomates estiverem cozidos, deve-se coloca-los sobre a peneira e deizar que os liquído escorra completamente, sem amassar os tomates, pois o que será usado é apenas o liquído do cozimento. Medir esse liquído coado, e se necessário completar com água destilada até completar 1 litro. Junte o açúcar, a vitamina em pó e o ágar. Levar essa mistura em fogo baixo, na panela esmaltada, mexendo sempre até que o ágar esteja dissolvido. Ainda quente divida o liquído em frascos e leve a autoclave para serem esterilizados. Nessa fórmula nao é necessário ajustar o pH, pois o tomate já tem a acidez ideal. Depois de frio pode ser usado para semeadura.
*O meio com tomate pode ficar pouco mais líquido.

Os ingredientes.

Antes da passar as receitas dos meios de cultura, vou deixar explicado sobre os ingredientes.

  • Ágar-ágar: é uma gelatina feita de algas marinhas, muito utilizada na composiçao dos meios de cultura, é o que dá a consistência ao meio. É sobre ele que as sementes germinam  e as primeiras raízes se formam. Geralmente esse produto é de origem japoneza, mas já existe algumas marcas encontradas do Brasil.
  • Açúcar: o açúcar mais usado é o tipo cristal, mas pode ser usado o açúcar mascavo ou até mesmo para substituir o açúcar pode ser usado o mel de abelha. 



Continua...............

Sobre o pH.

pH ou potencial de hidrogênio é a designaçao científica dada ao grau de acidez ou alcalinidade de um produto ou substância, para isso foi organizada uma escala numérica de pH:
  • pH 7,0: indica que o material é neutro, nem ácido, nem alcalino.
  • pH acima de 7,0: indica material alcalino.
  • pH abaixo de 7,0: indica material ácido.
Para medir o pH de uma substância é utilizado o phmêtro, ou soluçoes que indiquem a alcalinidade ou acidez do meio.

*Dica: Para Cattleyas e genêros afins, o indicado é um pH que varia entre o 3,8 a 5,4. Ou seja, que tenha um pH ácido.

O início das Culturas.

Muitos estudos foram feitos, até descobrirem que a espécie do fungo micorriza segregava determinada substância, que dava ao ambiente em que se desenvolviam uma determinada ácidez que proporcionava o desenvolvimento das sementes e a partir desse princípio, o professor Lewis Knudson, concebeu em 1922, a chamada cultura assimbiótica. Dois tipos de culturas sao empregadas:
  • Cultura Simbiótica: é a cultura feita com o auxílio do fungo micorriza.
  • Cultura Assimbiótica: é a cultura feita sem o auxílio do fungo micorriza.

As sementes.

Quando o assunto for orquídeas, temos que separar um capítulo a parte sobre suas sementes, pois sua constituiçao é diferentes das outras. Quando estao em seu lugar de origem, ou seja, nas matas, elas germinam sempre perto de lugares onde outras plantas adultas estao vegetando. Uma cápsula, ou seja, o fruto da orquídea, contém em seu interior, de 800 mil até um milhao de sementes, devemos lembrar que na natureza essas cápsulas sao produzidas pelas abelhas, que na procura do mel das flores, levam no dorso o pólen,fazendo assim a fecundaçao das flores. As sementes sao muito pequenas, lembrando um pó muito fino, nas matas sao levadas pelo vento, em várias direçoes e com isso uma pequena porcentagem, encontrando um ambiente próprio, consegue germinar, crescer e chegar a fase adulta, o que leva de 6 a 7 anos.

A micorriza.
Depois de muito tempo e de inúmeras tentativas frustantes de germinaçao, foi constatado que nas matas as sementes germinavam sobre as raízes e compostos de plantas-mae, isso devido a presença de uma espécie de fungo, chamado micorriza, que vive em simbiose com as orquídeas, apenas onde existia o fungo podia ser verificado uma maior propagaçao de plantas.

Receitas - Meios de Cultura.

Para quem tem laboratório ou pensa em ter um, aqui vai algumas dicas e receitas de meios de cultura, vou começar pelos mais simples, espero que seja de grande utilidade.....A seguir...Mas antes vamos saber um pouco mais sobre as sementes.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Polinizaçao.

Cápsula formada.


A polinizaçao deve ocorrer quando se deseja sementes de orquídeas, se esse nao for o caso, pode se evitar a polinizaçao, para nao desperdiçar a energia da planta.
  • Polinizaçao: para polinizar uma orquídea, deve-se esperar a completa maturidade da flor, o que acontece 4 dias após seu desabrochar. Caso houver na haste várias flores, deve-se escolher sempre a última, ou seja, a mais próxima a folha, pois essa receberá primeiro os nutrientes necessários ao crescimento da cápsula. Antes de polinizar a flor deve-se primeiro, com um palito, retirar os respectivos pólens, afim de evitar dúvidas sobre a polinizaçao. No estigma da flor deve-se colocar o pólen retirado da própria antera, caso seja para auto fecundá-la, se for para hibridá-la deve ser usado o pólen de uma outra flor. Tenha cuidado para que fiquem bem grudados na matéria gelatinosa que contém no estigma. Assim está feita a polinizaçao. O ideal é polinizar até 2 flores por planta, pois o desenvolvomento do fruto exige muito da planta. Pode se usado de 1 a 4 pólens por polinizaçao.
  • Identificaçao: em cada flor que se poliniza deve ser colocado uma etiqueta com a data, o nome da planta-mae (a que recebeu os pólens) e o nome da planta doadora ( a que doou os pólens). Vejamos os exemplos:
Auto-polinizaçao
                            Cattleya walkeriana  x  self (ela mesma)
                                planta-mae             pólen da própria flor

Hibridaçao
                           Cattleya granulosa  x   Cattleya schilleriana
                             planta-mae                 planta doadora dos pólens    


Obs: Antes de polinizar uma flor deve-se primeiro verificar qual o objetivo que se pretende alcançar, pode ser o desejo de melhorar flores já existentes, adquirir um coloraçao em particular, adquirir novos híbridos, ou apenas por curiosidade.

  • Após a polinizaçao: a flor da orquídeas é sustentada por uma haste, também sustentada por outra que se presnde a folha. Esta primeira haste é onde se localiza o  ovário da flor, propriamente dito, se a polinizaçao fecundou a flor, ela murcha, esse é o primeiro sintoma. O segundo é o engrossamento da parte correspondente ao ovário, nele se formarao as sementes. O ovário ao engrossar vai se transformar em uma cápsula (formato de pequeno balao). O amadurecimento de uma cápsula varia de 6 a 12 meses. Quando notar o aparecimento de fendas nas cápsulas, deve ser colhida logo, antes que se percam as sementes. É de se notar que, muitas vezes a polinizaçao falha, isso ocorre logo após a polinizaçao, o ovário nao se desenvolve e começa a amarelar e em uma semana ele cai, e há casos em que, apesar de chegr a completa maturaçao, as sementes sao estéreis.
  • Conservaçao do pólen: as vezes é preciso conservar o pólen, quando nao as flores nao sao da mesma época, ou quando se quer conservar uma ótimo material genético, para futuras polinizaçoes. O pólen pode ser armazenado em cápsulas transparentes de remédios, encontradas em farmácias de manipulaçao, dentro de potinhos, sempre com o fundo coberto por sílica cristal, deve ser colocado na geladeira o mais afastado possível do congelador, de preferência na porta da geladeira, pois o pólen deve ser conservado em lugar frio, sem gelar e sem que nele penetre umidade. Assim sua fertilidade é conservada por vários meses. Também é preciso ter um caderninho para anotar a origem do pólen, os nomes dos pais, sempre na ordem (planta-mae x planta doadora) e a data que forem colhidos.
Boa sorte!!!!

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Formas de multiplicaçao.

Antes de ir para o capítulo "sementes", acho melhor conhecer as formas de multiplicaçao, já que as sementes precisam de lugar adequado, como o laboratório para se desenvolverem.

  • Divisao por mudas: nesse processo retira-se da mesma planta adulta uma ou mais mudas, isso vai depender da quantidade de pseudobulbos existentes na planta. Cada muda deve ter no minímo 3 pseudobulbos com raízes, formando-se assim uma nova muda. Lembrando que cada divisao de mudas irá atrasar a floraçao em 1 ano, isso com a muda que possuir os pseudobulbos mais novos, já a parte traseira que ficará com os pseudobulbos velhos a floraçao será mais tarde ainda, depois de 2 anos.
Obs: Orquídeas com touceiras grandes, darao mais flores, pois cada divisao de mudas atrasa a floraçao e menos flores serao produzidas pelas plantas, devido o processo de regeneraçao das plantas e ao trauma sofrido na divisao.

  • Multiplicaçao por sementes: é o processo pela qual as sementes sao colocadas assépticamente dentro de vidro com meio de cultura nutritivo, para favorece a germinaçao em laboratório. A plantas originadas desse processo recebem o nome de "seedlings".

  • Multiplicaçao pela propagaçao do meristema: por esse método também chamado de multiplicaçao celular ou cultura de tecidos, retira-se da própria planta, mais precisamente do pseudobulbo ainda em formaçao, uma gema celular denominada embriao, a qual é colocada em meio nutritivo liquído (sais minerais, vitaminas, açucares e hormônios), para se desenvolverem sob condiçoes assépticas em laboratório, desse processo serao originadas milhares de orquídeas exatamente iguais a planta-mae. O processo utilizado comercialmente em grande escala necessita de avançada tecnologia.

Micropropagaçao de Orquídeas "in vitro".


Frascos com sementes germinadas.

Frascos com plântulas já formadas.
 Micropropagaçao é  uma multiplicaçao de plantas in vitro, ou seja, propagaçao vegetativa em cultura de tecidos.
A produçao de orquídeas é uma atividade dinâmica e exigente em relaçao à qualidade do produto distribuido no mercado consumidor e para atender a esse padrao de qualidade os produtores de orquídeas tem empregado as mais variadas técnicas de produçao em laborátorio e comercializaçao. Devido a isso a propagaçao in vitro de plantas oferece ao produtor mudas de alto padrao e em quantidade suficiente para atender a demanda em um curto espaço de tempo.
Entre as finalidades da micropropagaçao pode ser destacada a propagaçao intensiva de novas variedades e espécies, também a limpeza de vírus, a manutençao de germoplasma e vários programas de melhoramentos genéticos.
Tudo em prol das melhores plantas.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Técnicas Básicas.



Aqui, veremos algumas técnicas básicas utilizadas no laboratório.
  • Esterilizaçao superficial do material vegetal: hipoclorito de sódio, hipoclorito de cálcio, cloreto de mercúrio, peróxido de hidrogênio e nitrato de prata.
A maioria dos laboratórios utilizam banho com álcool 70%, seguido de molho em soluçao de hipoclorito de sódio (1-2%), com adiçao de um gota de detergente liquído neutro. Deve-se ao fim do processo remover os restos do produto, lavando o material vegetal com água destilada e esterilizada na autoclave por 20 minutos á 120º, dentro da câmara de fluxo lâminar devidamente esterilizada.
Obs: Para conseguir o álcool 70% deve-se utilizar um aparelho chamado alcoometro ou na falta de um, misture 700ml de álcool com 300ml de água.
  • Preparo de Soluçoes Estoques: essas soluçoes serao utilizadas na preparaçao dos meios de cultura.
  1. Macronutrientes sao elementos químicos inorgânicos necessário em grandes quantidades parao crescimento da planta e sao: nitrato de cálcio, fosfato de potássio, sulfato de magnésio, sulfato de amônia, sulfato ferroso e sulfato de manganês.
  2. Micronutrientes sao elementos químicos inorgânicos necessários apenas em quantidades muito pequenas, necessário para o crescimento da planta e sao: ácido bórico, ácido molibtênico, sulfato cuprico e sulfato de zinco. Todos esses elementos devem ser dissolvidos em água destilada e deionizada e mantidos em frascos escuros dentro da geladeira, por isso recebem o nome de soluçoes estoques, para serem usados em quantidades ideais na preparaçao dos meios de cultura.
  3. Preparo de Meios de Cultura: para a prepaçao de meios é necessário  água de boa qualidade, adiçao de soluçoes de sais minerais, sacarose, vitaminas reguladores de crescimento, adiçao de agente solidificante, no caso, agar-agar e principalmente ajuste do pH.
*Reguladores de crescimento: sao os hormônios de sintetizados (auxinas, citocininas, etc...) ou naturais (água-de-côco).

*Agar-agar:  é uma substância gelatinosa derivada de certas algas vermelhas, muito usada como agente de solidificaçao.

*pH: é um símbolo que denota a concentraçao de íons de hidrogênio em uma soluçao, seus valores variam de 0 a 14.

Organizaçao do laboratório.

O termo Cultura de Tecido é usado para descrever o cultivo asséptico (isento de fungos, bactérias e outros microorganismos) e in vitro de qualquer parte da planta num meio de cultura nutritivo. Para se obter sucesso nesse tipo de tabalho é necessário uma estrutura básica no laboratório.
Por isso, é necessário ter:

  1. Área para lavagem e esterilizaçao: autoclave, estufa, destilador e deionizador de água.
  2. Área para preparo dos meios de cultura: balanças, pHmetro, fogao e microscópio.
  3. Área para manipulaçao asséptica: câmara de fluxo lâminar.
  4. Área para incubaçao das culturas: incubadoras com luz e temperatura controlada.
  5. Área para aclimataçao das plantas: casa de vegetaçao, telados ou estufas plásticas, que permitam a instalaçao de câmaras úmidas.

Especial sobre Laboratório.

Sala de manipulaçao asséptica (Câmara de Fluxo Lâminar)

Neste capítulo "especial", veremos o que acontece em um laboratório de cultivo de orquídeas, muitos nao imaginam o processo mágico, mas complicado que ocorre em um laboratório até que uma orquídea possa fazer parte da sua família. Me refiro a orquídea como um ser da família, pois requerem os mesmos cuidados que  se tem com quem se ama.
Espero que este capítulo seja útil e possa ajudar a muitas outras orquídeas a nascerem. Boa Sorte!

Um pouco sobre a história, o começo de tudo......

  • 1838 dois biólogos alemaes Schleiden e Schwann descobriram a "Totipotência", que é a capacidade que as células possuem de reproduzirem um planta inteira.
  • 1902 Haberlandt considerado o pai da cultura de tecido, sugeriu como explorar a totipotencialidade de células vegetais para se obterem embrioes a partir de células isoladas in vitro.
  • 1921 Lewis Knudson semeou as primeiras sementes de orquídeas in vitro, em uma mistura asséptica de sais minerais, sacarose e sem a presença do fungo micorriza.
  • 1922 Robbins (USA) e Kotté (discíplulo de Haberlandt), cultivou raízes de milho e ervilha em laboratório.
  • 1934 White fez a primeira cultura contínua de raíz de tomate, com meio liquído, utilizando sais inorgânicos, extratos de levedura e sacarose.
  • 1934 Gautheret, fez a primeira proliferaçao de câmbio de plantas lenhosas em meio de cultura sólido.
  • 1037 White fez a primeira substituiçao do extrato de levedura por vitamina do grupo B (tiamina, piridoxina e ácido nicotínico).
  • 1939 a 1950 ocorreu um estudo complexo sobre o papel das vitaminas no cultivo de plantas em laboratório.
  • 1952 Sussex e Steeve obtiveram a primeira folha cultivada in vitro, a partir do primórdio foliar.
  • 1953 Muir conseguiu realizar a primeira cultura em suspensao celular e clonagem de células isoladas, (idéia inicial de Haberlandt).
  • 1957 Skoog e Miller, demonstraram o efeito do balanço auxina/citocina sobre a resposta morfogenética in vitro.
  • 1958 Steward e outros, coseguiram obter  embriogênese em células de cenouras.
  • 1960 Cocking, conseguiu a primeira obtençao de protoplastos.
  • 1964 Morel anunciou a possibilidade de clonagem de uma orquídea á partir de um pequeno fragmento chamado explante, isolado de um broto em crescimento de Cymbidium.
  • 1966 Guha e Maheshuwary, obtiveram as primeiras plantas haplóides a partir da cultura de antera.
  • 1970 Smith conseguiu a primeira cultura de um verdadeiro meristema apical.
  • 1972 Carlson, Smith e Desring, conseguiram obter a primeira fusao de protoplastos.

E até hoje grandes nomes vem obtendo cada vez mais sucesso no cultivo de orquídeas in vitro.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Dicionário Orquidófilo Parte 2

Continuamos com dicionário orquidófilo parte 2.

  • Estigma: regiao receptiva da parte feminina da floronde irá se alojar os graos de de pólen.
  • Estolho: broto lateral, mais ou menos delgado, capaz de formar, vegetativamente outras plantas, nasce na base de um caule.
  • Estômato: abertura microscópica na folha, responsável pela troca gasosa entre a planta e seu meio ambiente.
  • Estufa: estrutura (controlada com aparelhos ou nao), destinada a abrigar plantas que requerem condiçoes especiais de desenvolvimento.
  • Família: nomenclatura utilizada para agrupar um ou vários gêneros.
  • Fertilizante: o mesmo que adubo, pode ser químico ou orgânico.
  • Foot-candles: unidade utilizada para mediçao de intensidade de luz (luminosidade).
  • Fungo: microorganismo caudador de doenças, porém alguns podem ser úteis, no caso das orquídeas, o fungo micorriza vive em simbiose com as plantas.
  • Gênero: grupo de plantas que apresentam entre si características semelhantes, é a categoria taxonomica acima da espécie.
  • Germinaçao: o mesmo que brotaçao.
  • Ginostênio: coluna por cima do ovário da planta resultante da fusao de um ou mais estames com estilete e estigma.
  • Haste floral: eixo da inflorescência.
  • Híbrido: planta oriunda de cruzamento entre duas ou mais espécie, pode ser natural (espontâneo) ou artificial (feito pelo homem).
  • Híbrido natural: planta resultante de cruzamento  seu habitat natural.
  • Inflorescência: nome dado a um grupo de flores, qualquer sistema de ramificaçao terminado em flores.
  • Intergenérico: relativo a híbridos de gêneros diferentes.
  • Keike: brotos que surgem a partir das gemas nos caules de certas orquídeas como os do gênero Dendrobium e Epidendrum, pode formar-se ainda no pseudobulbo, na base da planta ou mesmo na inflorescência.
  • Labelo: pétala modificada da orquídea, sendo maior e mais vistosa, característica principal das orquídeas.
  • Lábio: ponta exterior do labelo.
  • Litófila: (rúpicola ou rupestre), planta que se desenvolve sobre pedras, paredoes de montanhas de precipícios.
  • Mericlone: planta oriunda do processo de multiplicaçao (assexuada) por meristema.
  • Meristema: tecido vivo que tem capacidade de multiplicar-se por divisao de suas células, é feito em laboratório e há necessidade de um meio especial nutritivo para se obter sucesso).
  • Micorriza: fungo que vive em simbiose com as raízes das orquídeas.
  • Mutaçao: variaçao genética de uma planta, podendo ocorrer com ou sem interferência humana ou naturalmente.


Continua ... parte 3.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Dicionário Orquidófilo.

Para nao passar vergonha quando o assunto for orquídeas, devemos saber os nomes e pronuncias adequadamente, isso também ajuda na hora de adquirir um exemplar.

  • Adubo Orgânico: é um fertilizante de origem mineral ou seja químico, sao os encontrados em concentraçoes NPK.
  • Adubo Inorgânico: sao os fertilizantes de origem animal e vegetal, um exemplo é a torta de mamona.
  • Alba: flor cujo os elementos sao totalmente brancos, porém o labelo é tingido de tons amarelos, podendo ir do claro ao mais escuro.
  • Semi-alba: flor que apresenta pétalas e sépalas, labelos com tons lilás no ápice e amarelo no interior do tubo.
  • Amoena: flor que as sépalas e pétalas sao brancas, mas o labelo caracteriza-se pela presença de tons lilás e cárneo.
  • Amesiana: flor em que as sépalas e pétalas tendem do branco para o rosa suave, o mesmo ocorre com o labelo, mas o interior do tubo amarelado.
  • Aquinii: flor em que as sépalas e pétalas apresentam um colorido variado, o mesmo acontece com o labelo, porém existe uma mácula em forma de estria e a ponta das sépalas é flameada tipo splash.
  • Antera: parte do estame em que se formam e que contém os graos de pólen, seria a parte masculina da flor.
  • Assexuada (Reproduçao): multiplicaçao de uma planta sem a ocorrência de fecundaçao, ou seja, reproduçao por meio de divisao ou clonagem.
  • Assimbiótica (Reproduçao): multiplicaçao de orquídeas em laboratório á partir de suas sementes, em soluçao apropriada, sem a presença do fungo denominado micorriza.
  • Axila: ângulo resultante de junçao das partes da planta.
  • Bactéria: microorganismo causador de doenças, existem vários tipos, porém alguns sao úteis aos homens.
  • Bainha: parte basal e achatada da folha que a prende ao caule envolvendo-a total ou parcialmente.
  • Bicolor: flor cuja coloraçao apresenta duas tonalidades diferentes.
  • Bifoliada: relativo a duas folhas.
  • Bissexual: o mesmo que hermafrodita, possue os dois sexos.
  • Botânica: ciência que estuda os vegetais.
  • Bráctea: folha modificada em cuja axila nasce uma flor ou uma inflorescência.
  • Bulbo: (batata), sistema de origem caulinar ou radicular modificado, geralmente subterrâneo, sua funçao é armazenar reservas nutritivas, podendo também ser usado na reproduçao vegetativa.
  • Bulbo Posterior: sao os pseudobulbos antigos, localizados atrás da planta em crescimento.
  • Cálice: é o conjunto de sépalas.
  • Clone: indivíduo resultante a partir de um único indivíduo, por multiplicaçao vegetativa.
  • Clorofila: pigmento responsável pela cor verde da planta e de importância vital para a fotossíntese.
  • Caerulea: flor de tonalidade azulada, o mesmo ocorre com o labelo, só que um puco mais escuro.
  • Coluna: o mesmo que ginostênio.
  • Concolor: flores de coloraçao uniforme, a garganta e o lábio apresentam tons amarelados.
  • Divisao (Reproduçao por): ato que consiste reproduzir uma planta (reproduçao assexuada), a partir de uma simples divisao da mesma.
  • Drenagem: técnica usada para facilitar o escoamento da água, evitando assim na orquidofilia, o encharcamento do substrato.
  • Embriao: unidade básica da semente responsável pelo surgimento de uma nova planta.
  • Envasamento: ato de colocar a planta no vaso.
  • Equitante: plantas cujas folhas superpoem-se umas sobre as outras, as mais velhas envolvem as mais novas.
  • Epífita: planta que se desenvolve sobre outra (árvore), sem ocorrência de parasitismo.
  • Esfagno: o mesmo que musgo, material panatanoso seco usado isolado ou com outros substratos.
  • Espécie: nomenclatura utilizada para identificar um indivíduo, no caso uma planta.
  • Espora: apêndice formado pelo cálice ou por outra parte da flor em forma de um tubo.
  • Estaquia (Reproduçao por): método de multiplicaçao assexuada, consiste em cortar um pedaço do caule da orquídea e plantá-lo em seguida, onde irao surgir novos brotos, muito utilizado em Dendrobiuns.
  • Estame: Orgao masculino da flor.
Continua ... parte 2

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

O Orquidário.

C. walkerianas


Como construir um cantinho para suas flores.
O orquidário vai depender do espaço disponível, se o espaço for do tipo corredor, é só colocar uma tela sombrite 50%, numa altura minímas de 2,5m. Mas se houver um espaço aberto, pode-se construir uma estufa aberta ou fechada com várias bancadas. O tamanho médio de uma bancada deve ser de 1,00m no minímo 0,80cm, e devem ter espaço entre elas para circulaçao do ar adequada. As bancadas podem ser feitas de madeira, concreto ou metal.

Evite!!!
Colocar as orquídeas muito aglomeradas,pois deve haver uma arejamento entre elas e também para que um vaso nao faça sombra em outro.

Doenças que afetam as orquídeas.

Uma orquídea saudável e bem nutrida, que esteja em um ambiente limpo e arejado, que receba tratamento constante, luminosidade e água em condiçoes adequadas, dificilmente será atacada por alguma doença. Mas de qualquer forma existem doenças como vírus ou fungos que podem afetar as orquídeas.

  • Doenças Fúngicas: essas doenças surgem principlamente em lugares com excesso de umidade, podem ser disseminados com muita facilidade pelo ar,água ou solo (substrato).
Sintomas: aparecem como manchas arredondadas nas folhas em forma de anéis escuros (pretos, avermelhados ou alaranjados), que sao os espóros dos fungos.
Combate: deve ser utilizado um fungicida, a aplicaçao deve ser feita em caráter preventivo a cada 40 dias, ou mais cedo em caso de intensa infestaçao.
  • Podridao Negra: essa doença tem como característica afetar primeiro com manchas negras os rizomas das raízes, alastrando depois para as folhas, causando um forte mal cheiro.
Sintomas: depois das manchas negras o que mais caracteriza é o mal cheiro. Sendo mais frequente no inverno.
Combate:  essa doença é facilmente transmitida de uma planta para outra, por isso ao perceber a doença,  o melhor a fazer é isolar a planta das demais e retirar as partes comtaminadas, queimando-as em seguida.
  • Viroses: uma planta infectada por vírus pode apresentar pequenas bexigas (depressoes), nas folhas, estrias e manchas nas flores, também pode apresentar manchas amareladas e pretas nas folhas, causadas por vírus denominado Mosaico comum ou amarelo.
Sintomas: depressoes, estrias ou pintas pretas e amarelas nas folhas e flores manchadas.
Combate: a cura de uma planta infectada por vírus é praticamente impossível, portanto é aconselhável retirar as partes atingidas, queimando-as e jogando as fora num primeiro momento, na tentativa de recuperar a planta, caso nao funcione, é recomendável sacrificar a planta para evitar outras contaminaçoes

  • Mancha marron ou aquosa: trata-se de uma bactéria encontrada geralmente nas Phalaenopsis, atacando toda a planta, e em Cattleyas atacam somente as folhas velhas. A disseminação é feita por insetos e pela água de irrigação.
Sintomas: formam algums lesões esbranquiçadas e úmidas que tornam-se escuras com o tempo.
  • Combater: o melhor a fazer é remover as partes atingidas, e isolar  a planta reduzindo  a quantidade de água da rega. Pode ser usado bactericidas que estao disponíveis em lojas agrícolas.

    Podridao-mole: ocorre em plantas com folhas não-eretas, pois acumulam água, como as Vandas, Vanillas, Paphylopedillum, Dendrobiuns, e algumas outras. É disseminada por insetos e pela água de irrigação.
Sintomas: o principal é o odor fétido e algumas lesões que aparecem nas folhas e pseudobulbos.
Combate: deve-se remover as partes atingidas, e isolar a planta das demais, e também reduzir a quantidade de água. Existem bactericidas disponíveis em lojas agrícolas.
descoloração da folha e lesões com centro marrom.
  • Antracnose: é um fungo encontrado com frequência em climas tropicais e subtropicais, se desenvolve graças a umidade elevada e temperaturas entre 10º e 20º.
Sintomas:
Combate: o melhor seria borrifar fungicida à base de sulfato de cobre nas partes afetadas.
 
  • Ferrugem: é causado por um fungo que se beneficia de alta umidade e temperaturas amenas, facilmente disseminadas pelo vento e também na hora da rega, devido aos respingos de água.
Sintomas: aparecem apenas nas folhas, na parte inferior, surgem pequenas lesões amarelo-laranja ou marrom-avermelhada, que podem ficar escuras com o tempo.
Combater: borrifar fungicida à base de sulfato de cobre nas partes afetadas da planta.

  • Mofo cinzento: é favorecido por condições de alta umidade, baixa ventilação e temperaturas amenas de 16º a 18º, é facilmente disseminado pelo vento, atacando pétalas, sépalas e o labelo das flores.
Sintomas: começa com pequenas manchas circulares nas florese com a evolução da doença, surge uma massa cinza parecida com pó, as flores atacadas murcham e caem.
Combate: remova as partes atingidas e isole a planta, o mais indicado é passar um bom fungicida e evitar deixar a planta com muita umidade.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Pragas que afetam orquídeas.


Assim como todas as outras plantas, as orquídeas nao estao imunes ao ataque de pragas e doenças, por isso uma nutriçao adequeda (adubaçao) e cuidados simples de higiene no manuseio e no orquidário podem preveni-las de muitos males.

Cochonilha "Carapaça"



Pulgoes.


    
    Cochonilha "Farinácea"
    
  • Pulgao: é um inseto pequeno, alado ou nao, possue cor verde, amarelo, preto, rosa ou marron.
Sintomas: o pulgao suga a seiva da planta, deixando suas folhas amareladas, é mais frequente durante os meses secos e quentes do ano, preferem brotos e botoes.
Combate: Se a infestaçao for pequena, esguiche água nas partes afetadas para eliminar a praga ou utilize um inseticida a cada 45 dias.
  • Ácaros: sao insetos pouco visíveis a olho nu.
Sintomas: aparecem em todo o período vegetativo, sendo a fase mais critíca o início da brotaçao, se nao for tratado a tempo, leva a perda total do broto e o ataque ocorre quando o bulbo ja está formado, deixando assim uma péssima aparência nas plantas atacadas. Examine periodicamente as plantas, verificando se as pontas das folhas estao esbranquiçadas ou se há pequenas manchas claras de aparência uniforme, examine principalmente o verso das folhas.
Combate: pulverize   um bom acaricida, assim que notar a presença deles.
  • Cochonilhas: há diversas espécies, podem apresentar coloraçao marron, preta ou cinza. Mas existem dois tipos mais conhecidos, a cochonilha de "carapaça"(pois apresenta uma estrutura protetora externa) e a cochonilha "farinácea" (parece com uma penugem branca nas folhas), geralmente sao trazidas por formigas que vivem em simbiose, sendo que as cochonilhas sugam as plantas e oferecem o açucar metabolizado as formigas, seu estrago nas plantas é muito semelhante com os do pulgao.
Sintomas: alojam-se com frequência no verso das folhas,mas podem atacar também os brotos, pseudobulbos e raízes, sugam a seiva deixando a planta com aspecto feio e amarelado.
Combate: no caso da cochonilha de "carapaça", aplique um inseticida sistêmico associado a óleo mineral, se a infestaçao for grande, já a cochonilha "farinácea" pode ser usado um inseticida de contato. Se a infestaçao for pequena, lave as partes infestadas em água corrente.
  • Lagartas: existem várias espécies, sao larvas de borboletas, as quais poem seus ovos nas folhas das orquídeas.
Sintomas: após a eclosao do ovos, as larvas irao se alimentar dos brotos novos, isso acorrerá uma perda de um novo bulbo, fique atento quando notar a presença de borboletas perto das plantas e verifique se há sinais de folhas cortadas.
Combate: o mais indicado é fazer a coleta manual, quando nao for possível pode ser utilizado um inseticida de contado.
  • Lesmas e caramujos: alimentam-se das raízes novas, brotos, haste floral, flores e tudo que estiver tenro na planta.
Sintomas: atacam quando o ambiente está úmido, geralmente após dias de chuva e principalmente á noite, quando o ambiente está mais seco, eles se alojam embaixo dos vasos ou em pequenos esconderijos.
Combate: o ideal é fazer a coleta manual usando como iscas pedaços de chuchu, melância ou melao. Caso a infestaçao seja grande, aplique um produto a base de metaldeído ou um lesmicida, mas há um porém, evite aplicar quando o ambiente estiver úmido, pois perdem a eficácia.

OBS: Os inseticidas sao tóxicos, uns mais outros menos, só podem ser comprados com receitas emitidas por um agrônomo. Siga corretamente as isntruçoes de aplicaçao e manuseio contidas na embalagem e na dúvida consulte sempre um agrônomo.

Divisao de mudas.

É possível conseguir novas mudas com a divisao da planta, mas isso irá depender da espécie e do volume dos bulbos existentes na planta-mae, nao esquecendo que cada nova planta deve ter no minímo de 3 a 4 bulbos de cada lado dividido.

Dicas!!!!!
  • Mergulhe o vaso na água para que o substrato fique bem molhado, isso ajuda na hora de retirar a planta do vaso.
  • Retire a planta do vaso, puxando-a para cima lentamente,mas com firmeza.
  • Elimine das raízes o substrato antigo, faça isso com cuidado, pois evita agressoes maiores as plantas.
  • Elimine as raízes velhas e deixe as demais com cercad e 15 cm.
  • Esterilize todo os instrumentos que forem utilizados, antes de cada trabalho de multiplicaçao, limpeza, podas ou transplnates das orquídeas, isso evita contaminaçoes de uma planta para outra.
  • A esterilizaçao pode ser feita levando o instrumento diretamente a chama de um fogo.

No caso de orquídeas monopodiais com: Vandas, Renantheras, Rhyncostilis, Phalaenopsis, que soltam mudas novas pelas laterais, deve-se esperar que emitam pelo menos de 2 a 3 raízes, para entao separar da planta-mae.

Como plantar?



A melhor época para o transplante é de Setembro a Janeiro. O plantio deve ser feito em vaso de barro ou plástico, com substato a escolher, deve ser utilizado em pedaços ou fibras, desde que proporcione um bom arejamento as raízes. As orquídeas gostam de umidade, por isso deve ser plantada com um material poroso que receba água da rega, mas que horas depois nao esteja mais encharcado. Para ajudar nesse processo de secagem do substrato deve ser utilizado um pouco de caco partido (cacos de telha, de tijolo ou mesmo cacos de vasos quebrados), no fundo do vaso, esse material tem a funçao de drenar o excesso de água e também reter certa umidade, que é muito bem aceita pelas raízes. E sobre esse caco coloca-se o substrato escolhido.
Quanto a planta que irá se replantada, deverá ter suas raízes aparadas (se estas estiverem secas e velhas), principalmente da parte traseira da planta, podendo deixar as raízes da parte dianteira que deverao ser envolvidas no substrato, pois irao ajudar a equilibrar a planta no vaso. A planta deve ser colocada no vaso o mais recuada possível, afim de deixar espaço na frente para os novos bulbos que venham a crescer depois do replante. Depois de replantada deixe-a descansar para a fase de adaptaçao.

Obs: O vaso deve terde 1 a 3 furos no fundo, para a saída de água,os furos laterais nao sao aconselháveis, pois as raízes devem se dirigir para o fundo do vaso, envolvendo os cacos de drenagem, assim evita que saiam pelos furos laterais, que sao desnecessários. Há vários tipos de vasos, os ideais sao os redondos de tamanho proporcional ao tamanho da planta.
Evite os excessivamente rasos ou grandes demais.

Replante.



Caso o substrato esteja bom a planta nao deve ser replantada, somente quando a planta preencher totalmente o substrato e quando o bulbo que irá se desenvolver estiver crescendo fora do vaso. Mas se o substrato estiver velho, sem consistência no composto é sinal de que deve ser trocado. A maioria das orquídeas pode ser plantada em vasos de barro ou plástico de tamanho compatível com a planta. É aconselhável o replante anual, ou pelo menos a cada 2 anos, levando em consideraçao o substrato utilizado, por causa da sua decomposiçao. Quando o substrato já está decaído a própria planta dá sinais de que precisa ser transplantada, pois começa a amarelar e perder as folhas traseiras



  • Exceçoes: Há orquídeas que dificlimente se adaptam dentro de vasos, nesse caso o ideal é coloca-la em tronco de árvore ou casca de peroba que é o mais indicado.
Ex: C. walkeriana, C.shilleriana, C.acladiae, Oncidiuns (a maioria), Leptotes e Capanemia.

  • Orquídeas monopodiais com Vandas, Rynchostylis e Ascocentrum devem ser colocadas em cestos ou vasos sem nenhum substrato, assim exigem um cuidado especial todos os dias. Devem ser molhadas nao só as raízes, mas também as folhas com água adubada bem diluída.
Ex: Se a bula do adubo liquído indicar 1ml/litro, entao dilua 1ml/20 litros e borrife a planta toda a cada 3 horas em dias quentes e secos.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Cuidados especiais.

A adubaçao foliar pode ser feita uma vez por semana, deve-se evitar usar água clorada para fazer a misturacom o fertilizante escolhido. Pequenas dosagens sao benéficas, já as altas concentraçoes sao tóxicas. A adubaçao excessiva produz plantas fortes, uma folhagem exuberante, mas pouca ou nenhuma floraçao. é bom utilizar adubos fornecidos no mercado, foliares ou nao, conforme especificaçoes da embalagem. É preferível utilizar as formulaçoes nitrogenadas na primavera e verao e as formulaçoes com mais potássio no outono. Já no inverno as adubaçoes devem ser suspensas. O período ideal para adubar uma planta é a partir de Agosto até Abril.
Como o desenvolvimento de uma orquídea é lento a quantidade de adubo deve ser pequena. A maneira de se realizar a adubaçao vai depender se o adubo é orgânico ou inorgânico.
  • Adubaçao Inorgânica: é aquela feita com dejetos de animais.
O mais usado ultimamente é a farinha de osso
70% de torta de mamona
10% de farinha de osso
10% de cinza de lenha vegetal

Para adubaçao inorgânica o ideal é uma colherde sobremesa por planta e deve ser colocado sobre o substrato na proximidade da parte traseira sem entrar em contato com as raízes. Deve ser usado a cada 90 a 120 dias. É muito importante verificar a procedência do adubo, afim de evitar contaminaçoes.

Obs: Evite adubar logo após o replante, espere no minímo até 30 dias, para que as raízes se regenerem.

  • Adubaçao inorgânica: adubos inorgânicos sao facilmente encontrados em casas especializadas em plantas ou de produtos agropecuários, eles fortalecem as plantas contra pragas e doenças e auxiliam na produçao de flores. Sao fáceis de encontram com as formulaçoes NPK citadas acima.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Fórmulas mais usadas na adubaçao.

  • Plantas novas: para auxiliar no crescimento.
               NPK 28-14-14
  • Plantas adultas: fórmula balanceada com maior concentraçao de elementos, para manter a saúde da planta, também pode ser usadoem qualquer idade da planta.
               NPK 20-20-20
  • Para floraçao: usar desde o aparecimento das espatas até a floraçao.
               NPK 15-30-15

Adubaçao.

Toda planta necessita de nutrientes para se desenvolver e a reposiçao desses nutrientes se dá através da adubaçao. Sao necessário basicamente 3 elementos minerais, considerados macroelementos, pois a planta necessita em maior quantidade.
  • Nitrogênio: considerado o elemento que a planta necessita em maior quantidade, pois auxília no crescimento, é estimulante e fonte de vigor. Uma dose correta aumenta o crescimento,com produçao de folhas fortes, intenso verde pela abundância de clorofila. Sua falta produz vegetaçao fraca, orgaos vegetativos reduzidos e folhas de cor verde amarelada.
  • Fósforo: é outro elemento básico da vida do vegetal, sua funçao principal está relacionada a floraçao e a frutificaçao, desenvolvimento das raízes e a maturaçao dos orgaos vegetativos. Plantas supridas de fósforo sao altamente resistentes a doenças. Sua falta propicia crescimento lento com sérios prejuízos para a floraçao e pode ser notada pela cor avermelhada das folhas.
  • Potássio: é indispensável para a formaçao dos nutrientes na planta e  para o crescimento dos tecidos meristemáticos, as plantas supridas de potássio sao mais resistentes a temporadas de seca e baixas temperaturas, evitando o ataque de pragas e doenças nas plantas.
 Também existe os macro-nutrientes secundários que a planta necessita em quantidade um pouco maior: cálcio, enxofre, ferro e magnésio.
E os micro-nutrientes usados em quantidades mínimas: boro, cobalto, iodo, mangânes, molibdênio e o zinco.

Ventilaçao.

Orquídeas epífitas (que se desenvolvem sobre troncos e galhos), estao adaptadas a uma brisa suave e contínua no seu habitat natural, portanto, é nessas condiçoes de ventilaçao e arejamento, ou o mais próximo disso,que elas devem ser cultivadas.

Porém deve-se evitar ventos fortes e canalizados, pois desidratam as orquídeas.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Tipos de substratos.

  • Xaxim desfibrado: secagem moderada.( é considerado o melhor substrato que existe).
  • Fibra de coco: secagem moderada e sua decomposiçao é lenta.
  • Musgos ou cubos de coxim: secagem lenta.(Indicado para mudas pequenas, pois tem durabilidade de 2 anos).
  • Carvao ou piaçava: secagem rápida.
  • Casca de pinus: secagem moderada, muito utilizada em misturas.
  • Mistura de graos de isopor,casca de pinus e carvao: secagem rápida.
  • Casca de troncos de madeira: secagem super rápida. As melhores sao de peróba-rosa e aquelas bem rugosas.
Deve-se evitar o encharcamento do substrato por períodos prolongados, para evitar que as raízes sofram pela falta de oxigenaçao e assim cause seu apodrecimento,levando a planta a morte.
A falta de umidade também é prejudicial,pois plantas em ambientes muito seco emitem raízes longas a procura de umidade, isso é causado pelo desiquilíbrio hídrico. Todas as orquídeas recém plantadas devem ficar um período de 10 dias sem receber água, mas suas folhas devem se vaporizadas com água diariamente em dias quentes e secos.
Para saber das necessidades hídricas das orquídeas basta observar suas raízes ou folhas, ou seja, plantas com raízes e folhas finas e delgadas precisam de mais água para se desenvolverem.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Tipo de clima.

  • Quente e seco: as plantas necessitam de rega diariamente.
  • Frio e umido: a fibra do substrato nao seca naturalmente, assim deve-se alternar a raga, dia sim, dia nao.
  • Chuvoso: pode-se passar dias sem precisar regar a planta, porque o substrato absorverá a umidade do ar.
  • Quente e seco: a rega deve ser pesada, onde a água deverá atravessar todo o substrato, de preferencia todos os dias.
A umidade do ar é muito importante, pois as plantas através de suas raízes, folhas e bulbos, utilizam a umidade do ar para retirar seu alimento necessário.
Existe também a fase de repouso, que sao as plantas que acabaram de florir, deve-se utilizar pouquissíma água, pois elas entram num período de repouso e descanso, precisando apenas de uma leve vaporizaçao.
As orquídeas sao plantas que em geral estao bem adaptadas á condiçao de umidade relativa do ar que varia de 80 a 90%.
Em regioes de clima seco, deve-se manter o piso do orquidário sempre molhado, o que resultará na evaporaçao da água e no aumento da umidade atmosférica do ambiente.
Quando se obtém um vaso de orquídea é muito importante verificar qual substrato está plantada e dependendo dele a secagem pode ser lenta ou rápida.

Regas.

Eis um capítulo a parte, muita gente peca quando o assunto é rega. Lembrem-se "na rega nao há regra". É mais fácil matar uma orquídea por excesso de água, do que por falta.
A rega é um dos fatores mais importantes quando o assunto é cultivo de orquídeas.
A temperatura da água deve ser sempre igual a do ambiente, para evitar choque térmico nas plantas, evite utilizar água clorada, para conseguir uma água sem cloro, basta deixar a água da irrigaçao descansar de um dia para o outro (24hrs), após esse período de descanso o cloro vai desaparecendo e a água estará pura.
Dois aspectos sao importantes quando o assunto é rega: a umidade do ar e a umidade do substrato. Primeiramente deve-se analisar onde as plantas estao sendo cultivadas e o tipo de clima, frio ou quente, época de chuva ou seca, e se as plantas estao em repouso ou vegetando.
  

Temperatura ideal.

A temperatura adequada para o desenvolvimento normal das orquídeas varia de 18 a 25ºC, mas a grande maioria, incluindo algumas espécies e híbridos estrangeiros toleram temperaturas que variam de 10 a 40ºC. Se a temperatura exceder essa faixa, haverá inibiçao do florescimento e afetará a qualidade das flores e das folhas.
Durante os meses de inverno deve-se suspender qualquer forma de adubaçao, pois a planta encontra-se em fase de repouso, e a adubaçao nesse período nao surtirá efeito. No inverno as orquídeas devem ser regadas uma vez por semana, e somente quando o substrato estiver totalmente seco. Também nao se deve fazer podas ou transplantes durante o inverno.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Luminosidade para diferentes tipos de orquídeas.

Existem plantas que gostam de bastante luminosidade, outras de meia sombra e outras ainda preferem sombra, podemos agrupá-las em nosso orquidário e para conseguir esses 3 ambientes distintos, basta fazer coberturas de tela tipo sombrite com diferentes graduaçoes de luminosidade.
  • Tela com 20 a 30% de sombra: Plantas para serem cultivadas com bastante luminosidade.
-Catasetuns e Cyrtopodiuns.
-Dendrobiuns (nobile ou afins).
-Epidendruns (crassifolium e mosenii).
-Laelias rúpicolas e Brassavolas.
-Laelia anceps e lobata.
-Cattleyas (pumilum, jonesianum e flexuosum).
-Bifrenaria tyrianthina.
-Vandas e Ascocendas.
  • Tela com 50% de sombra: Para cultivo a meia sombra.
-Cattleyas e híbridos afins.
-Coelogynes e outras Laelias.
-Dendrobium (desinflorum, farmeri e afins).
-Oncidiuns (cruciatum, sarcodes e afins.
-Sophronitis cernua e coccínea.
-Laelias purpurata e tenebrosa.
  • Tela com 70% de sombra: plantas que preferem sombras.
-Micro-orquídeas.
-Stanhopeas e Miltônias.
-Bifrenarias e afins.
-Pabstia e Zygopetalum.
-Cattleya aclandiae.

Obs: Para a maioria das orquídeas o temo ideal para exposiçao à luz natural é de 14hrs/dia.