segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Polinizaçao.

Cápsula formada.


A polinizaçao deve ocorrer quando se deseja sementes de orquídeas, se esse nao for o caso, pode se evitar a polinizaçao, para nao desperdiçar a energia da planta.
  • Polinizaçao: para polinizar uma orquídea, deve-se esperar a completa maturidade da flor, o que acontece 4 dias após seu desabrochar. Caso houver na haste várias flores, deve-se escolher sempre a última, ou seja, a mais próxima a folha, pois essa receberá primeiro os nutrientes necessários ao crescimento da cápsula. Antes de polinizar a flor deve-se primeiro, com um palito, retirar os respectivos pólens, afim de evitar dúvidas sobre a polinizaçao. No estigma da flor deve-se colocar o pólen retirado da própria antera, caso seja para auto fecundá-la, se for para hibridá-la deve ser usado o pólen de uma outra flor. Tenha cuidado para que fiquem bem grudados na matéria gelatinosa que contém no estigma. Assim está feita a polinizaçao. O ideal é polinizar até 2 flores por planta, pois o desenvolvomento do fruto exige muito da planta. Pode se usado de 1 a 4 pólens por polinizaçao.
  • Identificaçao: em cada flor que se poliniza deve ser colocado uma etiqueta com a data, o nome da planta-mae (a que recebeu os pólens) e o nome da planta doadora ( a que doou os pólens). Vejamos os exemplos:
Auto-polinizaçao
                            Cattleya walkeriana  x  self (ela mesma)
                                planta-mae             pólen da própria flor

Hibridaçao
                           Cattleya granulosa  x   Cattleya schilleriana
                             planta-mae                 planta doadora dos pólens    


Obs: Antes de polinizar uma flor deve-se primeiro verificar qual o objetivo que se pretende alcançar, pode ser o desejo de melhorar flores já existentes, adquirir um coloraçao em particular, adquirir novos híbridos, ou apenas por curiosidade.

  • Após a polinizaçao: a flor da orquídeas é sustentada por uma haste, também sustentada por outra que se presnde a folha. Esta primeira haste é onde se localiza o  ovário da flor, propriamente dito, se a polinizaçao fecundou a flor, ela murcha, esse é o primeiro sintoma. O segundo é o engrossamento da parte correspondente ao ovário, nele se formarao as sementes. O ovário ao engrossar vai se transformar em uma cápsula (formato de pequeno balao). O amadurecimento de uma cápsula varia de 6 a 12 meses. Quando notar o aparecimento de fendas nas cápsulas, deve ser colhida logo, antes que se percam as sementes. É de se notar que, muitas vezes a polinizaçao falha, isso ocorre logo após a polinizaçao, o ovário nao se desenvolve e começa a amarelar e em uma semana ele cai, e há casos em que, apesar de chegr a completa maturaçao, as sementes sao estéreis.
  • Conservaçao do pólen: as vezes é preciso conservar o pólen, quando nao as flores nao sao da mesma época, ou quando se quer conservar uma ótimo material genético, para futuras polinizaçoes. O pólen pode ser armazenado em cápsulas transparentes de remédios, encontradas em farmácias de manipulaçao, dentro de potinhos, sempre com o fundo coberto por sílica cristal, deve ser colocado na geladeira o mais afastado possível do congelador, de preferência na porta da geladeira, pois o pólen deve ser conservado em lugar frio, sem gelar e sem que nele penetre umidade. Assim sua fertilidade é conservada por vários meses. Também é preciso ter um caderninho para anotar a origem do pólen, os nomes dos pais, sempre na ordem (planta-mae x planta doadora) e a data que forem colhidos.
Boa sorte!!!!

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Formas de multiplicaçao.

Antes de ir para o capítulo "sementes", acho melhor conhecer as formas de multiplicaçao, já que as sementes precisam de lugar adequado, como o laboratório para se desenvolverem.

  • Divisao por mudas: nesse processo retira-se da mesma planta adulta uma ou mais mudas, isso vai depender da quantidade de pseudobulbos existentes na planta. Cada muda deve ter no minímo 3 pseudobulbos com raízes, formando-se assim uma nova muda. Lembrando que cada divisao de mudas irá atrasar a floraçao em 1 ano, isso com a muda que possuir os pseudobulbos mais novos, já a parte traseira que ficará com os pseudobulbos velhos a floraçao será mais tarde ainda, depois de 2 anos.
Obs: Orquídeas com touceiras grandes, darao mais flores, pois cada divisao de mudas atrasa a floraçao e menos flores serao produzidas pelas plantas, devido o processo de regeneraçao das plantas e ao trauma sofrido na divisao.

  • Multiplicaçao por sementes: é o processo pela qual as sementes sao colocadas assépticamente dentro de vidro com meio de cultura nutritivo, para favorece a germinaçao em laboratório. A plantas originadas desse processo recebem o nome de "seedlings".

  • Multiplicaçao pela propagaçao do meristema: por esse método também chamado de multiplicaçao celular ou cultura de tecidos, retira-se da própria planta, mais precisamente do pseudobulbo ainda em formaçao, uma gema celular denominada embriao, a qual é colocada em meio nutritivo liquído (sais minerais, vitaminas, açucares e hormônios), para se desenvolverem sob condiçoes assépticas em laboratório, desse processo serao originadas milhares de orquídeas exatamente iguais a planta-mae. O processo utilizado comercialmente em grande escala necessita de avançada tecnologia.

Micropropagaçao de Orquídeas "in vitro".


Frascos com sementes germinadas.

Frascos com plântulas já formadas.
 Micropropagaçao é  uma multiplicaçao de plantas in vitro, ou seja, propagaçao vegetativa em cultura de tecidos.
A produçao de orquídeas é uma atividade dinâmica e exigente em relaçao à qualidade do produto distribuido no mercado consumidor e para atender a esse padrao de qualidade os produtores de orquídeas tem empregado as mais variadas técnicas de produçao em laborátorio e comercializaçao. Devido a isso a propagaçao in vitro de plantas oferece ao produtor mudas de alto padrao e em quantidade suficiente para atender a demanda em um curto espaço de tempo.
Entre as finalidades da micropropagaçao pode ser destacada a propagaçao intensiva de novas variedades e espécies, também a limpeza de vírus, a manutençao de germoplasma e vários programas de melhoramentos genéticos.
Tudo em prol das melhores plantas.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Técnicas Básicas.



Aqui, veremos algumas técnicas básicas utilizadas no laboratório.
  • Esterilizaçao superficial do material vegetal: hipoclorito de sódio, hipoclorito de cálcio, cloreto de mercúrio, peróxido de hidrogênio e nitrato de prata.
A maioria dos laboratórios utilizam banho com álcool 70%, seguido de molho em soluçao de hipoclorito de sódio (1-2%), com adiçao de um gota de detergente liquído neutro. Deve-se ao fim do processo remover os restos do produto, lavando o material vegetal com água destilada e esterilizada na autoclave por 20 minutos á 120º, dentro da câmara de fluxo lâminar devidamente esterilizada.
Obs: Para conseguir o álcool 70% deve-se utilizar um aparelho chamado alcoometro ou na falta de um, misture 700ml de álcool com 300ml de água.
  • Preparo de Soluçoes Estoques: essas soluçoes serao utilizadas na preparaçao dos meios de cultura.
  1. Macronutrientes sao elementos químicos inorgânicos necessário em grandes quantidades parao crescimento da planta e sao: nitrato de cálcio, fosfato de potássio, sulfato de magnésio, sulfato de amônia, sulfato ferroso e sulfato de manganês.
  2. Micronutrientes sao elementos químicos inorgânicos necessários apenas em quantidades muito pequenas, necessário para o crescimento da planta e sao: ácido bórico, ácido molibtênico, sulfato cuprico e sulfato de zinco. Todos esses elementos devem ser dissolvidos em água destilada e deionizada e mantidos em frascos escuros dentro da geladeira, por isso recebem o nome de soluçoes estoques, para serem usados em quantidades ideais na preparaçao dos meios de cultura.
  3. Preparo de Meios de Cultura: para a prepaçao de meios é necessário  água de boa qualidade, adiçao de soluçoes de sais minerais, sacarose, vitaminas reguladores de crescimento, adiçao de agente solidificante, no caso, agar-agar e principalmente ajuste do pH.
*Reguladores de crescimento: sao os hormônios de sintetizados (auxinas, citocininas, etc...) ou naturais (água-de-côco).

*Agar-agar:  é uma substância gelatinosa derivada de certas algas vermelhas, muito usada como agente de solidificaçao.

*pH: é um símbolo que denota a concentraçao de íons de hidrogênio em uma soluçao, seus valores variam de 0 a 14.

Organizaçao do laboratório.

O termo Cultura de Tecido é usado para descrever o cultivo asséptico (isento de fungos, bactérias e outros microorganismos) e in vitro de qualquer parte da planta num meio de cultura nutritivo. Para se obter sucesso nesse tipo de tabalho é necessário uma estrutura básica no laboratório.
Por isso, é necessário ter:

  1. Área para lavagem e esterilizaçao: autoclave, estufa, destilador e deionizador de água.
  2. Área para preparo dos meios de cultura: balanças, pHmetro, fogao e microscópio.
  3. Área para manipulaçao asséptica: câmara de fluxo lâminar.
  4. Área para incubaçao das culturas: incubadoras com luz e temperatura controlada.
  5. Área para aclimataçao das plantas: casa de vegetaçao, telados ou estufas plásticas, que permitam a instalaçao de câmaras úmidas.

Especial sobre Laboratório.

Sala de manipulaçao asséptica (Câmara de Fluxo Lâminar)

Neste capítulo "especial", veremos o que acontece em um laboratório de cultivo de orquídeas, muitos nao imaginam o processo mágico, mas complicado que ocorre em um laboratório até que uma orquídea possa fazer parte da sua família. Me refiro a orquídea como um ser da família, pois requerem os mesmos cuidados que  se tem com quem se ama.
Espero que este capítulo seja útil e possa ajudar a muitas outras orquídeas a nascerem. Boa Sorte!

Um pouco sobre a história, o começo de tudo......

  • 1838 dois biólogos alemaes Schleiden e Schwann descobriram a "Totipotência", que é a capacidade que as células possuem de reproduzirem um planta inteira.
  • 1902 Haberlandt considerado o pai da cultura de tecido, sugeriu como explorar a totipotencialidade de células vegetais para se obterem embrioes a partir de células isoladas in vitro.
  • 1921 Lewis Knudson semeou as primeiras sementes de orquídeas in vitro, em uma mistura asséptica de sais minerais, sacarose e sem a presença do fungo micorriza.
  • 1922 Robbins (USA) e Kotté (discíplulo de Haberlandt), cultivou raízes de milho e ervilha em laboratório.
  • 1934 White fez a primeira cultura contínua de raíz de tomate, com meio liquído, utilizando sais inorgânicos, extratos de levedura e sacarose.
  • 1934 Gautheret, fez a primeira proliferaçao de câmbio de plantas lenhosas em meio de cultura sólido.
  • 1037 White fez a primeira substituiçao do extrato de levedura por vitamina do grupo B (tiamina, piridoxina e ácido nicotínico).
  • 1939 a 1950 ocorreu um estudo complexo sobre o papel das vitaminas no cultivo de plantas em laboratório.
  • 1952 Sussex e Steeve obtiveram a primeira folha cultivada in vitro, a partir do primórdio foliar.
  • 1953 Muir conseguiu realizar a primeira cultura em suspensao celular e clonagem de células isoladas, (idéia inicial de Haberlandt).
  • 1957 Skoog e Miller, demonstraram o efeito do balanço auxina/citocina sobre a resposta morfogenética in vitro.
  • 1958 Steward e outros, coseguiram obter  embriogênese em células de cenouras.
  • 1960 Cocking, conseguiu a primeira obtençao de protoplastos.
  • 1964 Morel anunciou a possibilidade de clonagem de uma orquídea á partir de um pequeno fragmento chamado explante, isolado de um broto em crescimento de Cymbidium.
  • 1966 Guha e Maheshuwary, obtiveram as primeiras plantas haplóides a partir da cultura de antera.
  • 1970 Smith conseguiu a primeira cultura de um verdadeiro meristema apical.
  • 1972 Carlson, Smith e Desring, conseguiram obter a primeira fusao de protoplastos.

E até hoje grandes nomes vem obtendo cada vez mais sucesso no cultivo de orquídeas in vitro.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Dicionário Orquidófilo Parte 2

Continuamos com dicionário orquidófilo parte 2.

  • Estigma: regiao receptiva da parte feminina da floronde irá se alojar os graos de de pólen.
  • Estolho: broto lateral, mais ou menos delgado, capaz de formar, vegetativamente outras plantas, nasce na base de um caule.
  • Estômato: abertura microscópica na folha, responsável pela troca gasosa entre a planta e seu meio ambiente.
  • Estufa: estrutura (controlada com aparelhos ou nao), destinada a abrigar plantas que requerem condiçoes especiais de desenvolvimento.
  • Família: nomenclatura utilizada para agrupar um ou vários gêneros.
  • Fertilizante: o mesmo que adubo, pode ser químico ou orgânico.
  • Foot-candles: unidade utilizada para mediçao de intensidade de luz (luminosidade).
  • Fungo: microorganismo caudador de doenças, porém alguns podem ser úteis, no caso das orquídeas, o fungo micorriza vive em simbiose com as plantas.
  • Gênero: grupo de plantas que apresentam entre si características semelhantes, é a categoria taxonomica acima da espécie.
  • Germinaçao: o mesmo que brotaçao.
  • Ginostênio: coluna por cima do ovário da planta resultante da fusao de um ou mais estames com estilete e estigma.
  • Haste floral: eixo da inflorescência.
  • Híbrido: planta oriunda de cruzamento entre duas ou mais espécie, pode ser natural (espontâneo) ou artificial (feito pelo homem).
  • Híbrido natural: planta resultante de cruzamento  seu habitat natural.
  • Inflorescência: nome dado a um grupo de flores, qualquer sistema de ramificaçao terminado em flores.
  • Intergenérico: relativo a híbridos de gêneros diferentes.
  • Keike: brotos que surgem a partir das gemas nos caules de certas orquídeas como os do gênero Dendrobium e Epidendrum, pode formar-se ainda no pseudobulbo, na base da planta ou mesmo na inflorescência.
  • Labelo: pétala modificada da orquídea, sendo maior e mais vistosa, característica principal das orquídeas.
  • Lábio: ponta exterior do labelo.
  • Litófila: (rúpicola ou rupestre), planta que se desenvolve sobre pedras, paredoes de montanhas de precipícios.
  • Mericlone: planta oriunda do processo de multiplicaçao (assexuada) por meristema.
  • Meristema: tecido vivo que tem capacidade de multiplicar-se por divisao de suas células, é feito em laboratório e há necessidade de um meio especial nutritivo para se obter sucesso).
  • Micorriza: fungo que vive em simbiose com as raízes das orquídeas.
  • Mutaçao: variaçao genética de uma planta, podendo ocorrer com ou sem interferência humana ou naturalmente.


Continua ... parte 3.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Dicionário Orquidófilo.

Para nao passar vergonha quando o assunto for orquídeas, devemos saber os nomes e pronuncias adequadamente, isso também ajuda na hora de adquirir um exemplar.

  • Adubo Orgânico: é um fertilizante de origem mineral ou seja químico, sao os encontrados em concentraçoes NPK.
  • Adubo Inorgânico: sao os fertilizantes de origem animal e vegetal, um exemplo é a torta de mamona.
  • Alba: flor cujo os elementos sao totalmente brancos, porém o labelo é tingido de tons amarelos, podendo ir do claro ao mais escuro.
  • Semi-alba: flor que apresenta pétalas e sépalas, labelos com tons lilás no ápice e amarelo no interior do tubo.
  • Amoena: flor que as sépalas e pétalas sao brancas, mas o labelo caracteriza-se pela presença de tons lilás e cárneo.
  • Amesiana: flor em que as sépalas e pétalas tendem do branco para o rosa suave, o mesmo ocorre com o labelo, mas o interior do tubo amarelado.
  • Aquinii: flor em que as sépalas e pétalas apresentam um colorido variado, o mesmo acontece com o labelo, porém existe uma mácula em forma de estria e a ponta das sépalas é flameada tipo splash.
  • Antera: parte do estame em que se formam e que contém os graos de pólen, seria a parte masculina da flor.
  • Assexuada (Reproduçao): multiplicaçao de uma planta sem a ocorrência de fecundaçao, ou seja, reproduçao por meio de divisao ou clonagem.
  • Assimbiótica (Reproduçao): multiplicaçao de orquídeas em laboratório á partir de suas sementes, em soluçao apropriada, sem a presença do fungo denominado micorriza.
  • Axila: ângulo resultante de junçao das partes da planta.
  • Bactéria: microorganismo causador de doenças, existem vários tipos, porém alguns sao úteis aos homens.
  • Bainha: parte basal e achatada da folha que a prende ao caule envolvendo-a total ou parcialmente.
  • Bicolor: flor cuja coloraçao apresenta duas tonalidades diferentes.
  • Bifoliada: relativo a duas folhas.
  • Bissexual: o mesmo que hermafrodita, possue os dois sexos.
  • Botânica: ciência que estuda os vegetais.
  • Bráctea: folha modificada em cuja axila nasce uma flor ou uma inflorescência.
  • Bulbo: (batata), sistema de origem caulinar ou radicular modificado, geralmente subterrâneo, sua funçao é armazenar reservas nutritivas, podendo também ser usado na reproduçao vegetativa.
  • Bulbo Posterior: sao os pseudobulbos antigos, localizados atrás da planta em crescimento.
  • Cálice: é o conjunto de sépalas.
  • Clone: indivíduo resultante a partir de um único indivíduo, por multiplicaçao vegetativa.
  • Clorofila: pigmento responsável pela cor verde da planta e de importância vital para a fotossíntese.
  • Caerulea: flor de tonalidade azulada, o mesmo ocorre com o labelo, só que um puco mais escuro.
  • Coluna: o mesmo que ginostênio.
  • Concolor: flores de coloraçao uniforme, a garganta e o lábio apresentam tons amarelados.
  • Divisao (Reproduçao por): ato que consiste reproduzir uma planta (reproduçao assexuada), a partir de uma simples divisao da mesma.
  • Drenagem: técnica usada para facilitar o escoamento da água, evitando assim na orquidofilia, o encharcamento do substrato.
  • Embriao: unidade básica da semente responsável pelo surgimento de uma nova planta.
  • Envasamento: ato de colocar a planta no vaso.
  • Equitante: plantas cujas folhas superpoem-se umas sobre as outras, as mais velhas envolvem as mais novas.
  • Epífita: planta que se desenvolve sobre outra (árvore), sem ocorrência de parasitismo.
  • Esfagno: o mesmo que musgo, material panatanoso seco usado isolado ou com outros substratos.
  • Espécie: nomenclatura utilizada para identificar um indivíduo, no caso uma planta.
  • Espora: apêndice formado pelo cálice ou por outra parte da flor em forma de um tubo.
  • Estaquia (Reproduçao por): método de multiplicaçao assexuada, consiste em cortar um pedaço do caule da orquídea e plantá-lo em seguida, onde irao surgir novos brotos, muito utilizado em Dendrobiuns.
  • Estame: Orgao masculino da flor.
Continua ... parte 2

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

O Orquidário.

C. walkerianas


Como construir um cantinho para suas flores.
O orquidário vai depender do espaço disponível, se o espaço for do tipo corredor, é só colocar uma tela sombrite 50%, numa altura minímas de 2,5m. Mas se houver um espaço aberto, pode-se construir uma estufa aberta ou fechada com várias bancadas. O tamanho médio de uma bancada deve ser de 1,00m no minímo 0,80cm, e devem ter espaço entre elas para circulaçao do ar adequada. As bancadas podem ser feitas de madeira, concreto ou metal.

Evite!!!
Colocar as orquídeas muito aglomeradas,pois deve haver uma arejamento entre elas e também para que um vaso nao faça sombra em outro.

Doenças que afetam as orquídeas.

Uma orquídea saudável e bem nutrida, que esteja em um ambiente limpo e arejado, que receba tratamento constante, luminosidade e água em condiçoes adequadas, dificilmente será atacada por alguma doença. Mas de qualquer forma existem doenças como vírus ou fungos que podem afetar as orquídeas.

  • Doenças Fúngicas: essas doenças surgem principlamente em lugares com excesso de umidade, podem ser disseminados com muita facilidade pelo ar,água ou solo (substrato).
Sintomas: aparecem como manchas arredondadas nas folhas em forma de anéis escuros (pretos, avermelhados ou alaranjados), que sao os espóros dos fungos.
Combate: deve ser utilizado um fungicida, a aplicaçao deve ser feita em caráter preventivo a cada 40 dias, ou mais cedo em caso de intensa infestaçao.
  • Podridao Negra: essa doença tem como característica afetar primeiro com manchas negras os rizomas das raízes, alastrando depois para as folhas, causando um forte mal cheiro.
Sintomas: depois das manchas negras o que mais caracteriza é o mal cheiro. Sendo mais frequente no inverno.
Combate:  essa doença é facilmente transmitida de uma planta para outra, por isso ao perceber a doença,  o melhor a fazer é isolar a planta das demais e retirar as partes comtaminadas, queimando-as em seguida.
  • Viroses: uma planta infectada por vírus pode apresentar pequenas bexigas (depressoes), nas folhas, estrias e manchas nas flores, também pode apresentar manchas amareladas e pretas nas folhas, causadas por vírus denominado Mosaico comum ou amarelo.
Sintomas: depressoes, estrias ou pintas pretas e amarelas nas folhas e flores manchadas.
Combate: a cura de uma planta infectada por vírus é praticamente impossível, portanto é aconselhável retirar as partes atingidas, queimando-as e jogando as fora num primeiro momento, na tentativa de recuperar a planta, caso nao funcione, é recomendável sacrificar a planta para evitar outras contaminaçoes

  • Mancha marron ou aquosa: trata-se de uma bactéria encontrada geralmente nas Phalaenopsis, atacando toda a planta, e em Cattleyas atacam somente as folhas velhas. A disseminação é feita por insetos e pela água de irrigação.
Sintomas: formam algums lesões esbranquiçadas e úmidas que tornam-se escuras com o tempo.
  • Combater: o melhor a fazer é remover as partes atingidas, e isolar  a planta reduzindo  a quantidade de água da rega. Pode ser usado bactericidas que estao disponíveis em lojas agrícolas.

    Podridao-mole: ocorre em plantas com folhas não-eretas, pois acumulam água, como as Vandas, Vanillas, Paphylopedillum, Dendrobiuns, e algumas outras. É disseminada por insetos e pela água de irrigação.
Sintomas: o principal é o odor fétido e algumas lesões que aparecem nas folhas e pseudobulbos.
Combate: deve-se remover as partes atingidas, e isolar a planta das demais, e também reduzir a quantidade de água. Existem bactericidas disponíveis em lojas agrícolas.
descoloração da folha e lesões com centro marrom.
  • Antracnose: é um fungo encontrado com frequência em climas tropicais e subtropicais, se desenvolve graças a umidade elevada e temperaturas entre 10º e 20º.
Sintomas:
Combate: o melhor seria borrifar fungicida à base de sulfato de cobre nas partes afetadas.
 
  • Ferrugem: é causado por um fungo que se beneficia de alta umidade e temperaturas amenas, facilmente disseminadas pelo vento e também na hora da rega, devido aos respingos de água.
Sintomas: aparecem apenas nas folhas, na parte inferior, surgem pequenas lesões amarelo-laranja ou marrom-avermelhada, que podem ficar escuras com o tempo.
Combater: borrifar fungicida à base de sulfato de cobre nas partes afetadas da planta.

  • Mofo cinzento: é favorecido por condições de alta umidade, baixa ventilação e temperaturas amenas de 16º a 18º, é facilmente disseminado pelo vento, atacando pétalas, sépalas e o labelo das flores.
Sintomas: começa com pequenas manchas circulares nas florese com a evolução da doença, surge uma massa cinza parecida com pó, as flores atacadas murcham e caem.
Combate: remova as partes atingidas e isole a planta, o mais indicado é passar um bom fungicida e evitar deixar a planta com muita umidade.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Pragas que afetam orquídeas.


Assim como todas as outras plantas, as orquídeas nao estao imunes ao ataque de pragas e doenças, por isso uma nutriçao adequeda (adubaçao) e cuidados simples de higiene no manuseio e no orquidário podem preveni-las de muitos males.

Cochonilha "Carapaça"



Pulgoes.


    
    Cochonilha "Farinácea"
    
  • Pulgao: é um inseto pequeno, alado ou nao, possue cor verde, amarelo, preto, rosa ou marron.
Sintomas: o pulgao suga a seiva da planta, deixando suas folhas amareladas, é mais frequente durante os meses secos e quentes do ano, preferem brotos e botoes.
Combate: Se a infestaçao for pequena, esguiche água nas partes afetadas para eliminar a praga ou utilize um inseticida a cada 45 dias.
  • Ácaros: sao insetos pouco visíveis a olho nu.
Sintomas: aparecem em todo o período vegetativo, sendo a fase mais critíca o início da brotaçao, se nao for tratado a tempo, leva a perda total do broto e o ataque ocorre quando o bulbo ja está formado, deixando assim uma péssima aparência nas plantas atacadas. Examine periodicamente as plantas, verificando se as pontas das folhas estao esbranquiçadas ou se há pequenas manchas claras de aparência uniforme, examine principalmente o verso das folhas.
Combate: pulverize   um bom acaricida, assim que notar a presença deles.
  • Cochonilhas: há diversas espécies, podem apresentar coloraçao marron, preta ou cinza. Mas existem dois tipos mais conhecidos, a cochonilha de "carapaça"(pois apresenta uma estrutura protetora externa) e a cochonilha "farinácea" (parece com uma penugem branca nas folhas), geralmente sao trazidas por formigas que vivem em simbiose, sendo que as cochonilhas sugam as plantas e oferecem o açucar metabolizado as formigas, seu estrago nas plantas é muito semelhante com os do pulgao.
Sintomas: alojam-se com frequência no verso das folhas,mas podem atacar também os brotos, pseudobulbos e raízes, sugam a seiva deixando a planta com aspecto feio e amarelado.
Combate: no caso da cochonilha de "carapaça", aplique um inseticida sistêmico associado a óleo mineral, se a infestaçao for grande, já a cochonilha "farinácea" pode ser usado um inseticida de contato. Se a infestaçao for pequena, lave as partes infestadas em água corrente.
  • Lagartas: existem várias espécies, sao larvas de borboletas, as quais poem seus ovos nas folhas das orquídeas.
Sintomas: após a eclosao do ovos, as larvas irao se alimentar dos brotos novos, isso acorrerá uma perda de um novo bulbo, fique atento quando notar a presença de borboletas perto das plantas e verifique se há sinais de folhas cortadas.
Combate: o mais indicado é fazer a coleta manual, quando nao for possível pode ser utilizado um inseticida de contado.
  • Lesmas e caramujos: alimentam-se das raízes novas, brotos, haste floral, flores e tudo que estiver tenro na planta.
Sintomas: atacam quando o ambiente está úmido, geralmente após dias de chuva e principalmente á noite, quando o ambiente está mais seco, eles se alojam embaixo dos vasos ou em pequenos esconderijos.
Combate: o ideal é fazer a coleta manual usando como iscas pedaços de chuchu, melância ou melao. Caso a infestaçao seja grande, aplique um produto a base de metaldeído ou um lesmicida, mas há um porém, evite aplicar quando o ambiente estiver úmido, pois perdem a eficácia.

OBS: Os inseticidas sao tóxicos, uns mais outros menos, só podem ser comprados com receitas emitidas por um agrônomo. Siga corretamente as isntruçoes de aplicaçao e manuseio contidas na embalagem e na dúvida consulte sempre um agrônomo.

Divisao de mudas.

É possível conseguir novas mudas com a divisao da planta, mas isso irá depender da espécie e do volume dos bulbos existentes na planta-mae, nao esquecendo que cada nova planta deve ter no minímo de 3 a 4 bulbos de cada lado dividido.

Dicas!!!!!
  • Mergulhe o vaso na água para que o substrato fique bem molhado, isso ajuda na hora de retirar a planta do vaso.
  • Retire a planta do vaso, puxando-a para cima lentamente,mas com firmeza.
  • Elimine das raízes o substrato antigo, faça isso com cuidado, pois evita agressoes maiores as plantas.
  • Elimine as raízes velhas e deixe as demais com cercad e 15 cm.
  • Esterilize todo os instrumentos que forem utilizados, antes de cada trabalho de multiplicaçao, limpeza, podas ou transplnates das orquídeas, isso evita contaminaçoes de uma planta para outra.
  • A esterilizaçao pode ser feita levando o instrumento diretamente a chama de um fogo.

No caso de orquídeas monopodiais com: Vandas, Renantheras, Rhyncostilis, Phalaenopsis, que soltam mudas novas pelas laterais, deve-se esperar que emitam pelo menos de 2 a 3 raízes, para entao separar da planta-mae.

Como plantar?



A melhor época para o transplante é de Setembro a Janeiro. O plantio deve ser feito em vaso de barro ou plástico, com substato a escolher, deve ser utilizado em pedaços ou fibras, desde que proporcione um bom arejamento as raízes. As orquídeas gostam de umidade, por isso deve ser plantada com um material poroso que receba água da rega, mas que horas depois nao esteja mais encharcado. Para ajudar nesse processo de secagem do substrato deve ser utilizado um pouco de caco partido (cacos de telha, de tijolo ou mesmo cacos de vasos quebrados), no fundo do vaso, esse material tem a funçao de drenar o excesso de água e também reter certa umidade, que é muito bem aceita pelas raízes. E sobre esse caco coloca-se o substrato escolhido.
Quanto a planta que irá se replantada, deverá ter suas raízes aparadas (se estas estiverem secas e velhas), principalmente da parte traseira da planta, podendo deixar as raízes da parte dianteira que deverao ser envolvidas no substrato, pois irao ajudar a equilibrar a planta no vaso. A planta deve ser colocada no vaso o mais recuada possível, afim de deixar espaço na frente para os novos bulbos que venham a crescer depois do replante. Depois de replantada deixe-a descansar para a fase de adaptaçao.

Obs: O vaso deve terde 1 a 3 furos no fundo, para a saída de água,os furos laterais nao sao aconselháveis, pois as raízes devem se dirigir para o fundo do vaso, envolvendo os cacos de drenagem, assim evita que saiam pelos furos laterais, que sao desnecessários. Há vários tipos de vasos, os ideais sao os redondos de tamanho proporcional ao tamanho da planta.
Evite os excessivamente rasos ou grandes demais.

Replante.



Caso o substrato esteja bom a planta nao deve ser replantada, somente quando a planta preencher totalmente o substrato e quando o bulbo que irá se desenvolver estiver crescendo fora do vaso. Mas se o substrato estiver velho, sem consistência no composto é sinal de que deve ser trocado. A maioria das orquídeas pode ser plantada em vasos de barro ou plástico de tamanho compatível com a planta. É aconselhável o replante anual, ou pelo menos a cada 2 anos, levando em consideraçao o substrato utilizado, por causa da sua decomposiçao. Quando o substrato já está decaído a própria planta dá sinais de que precisa ser transplantada, pois começa a amarelar e perder as folhas traseiras



  • Exceçoes: Há orquídeas que dificlimente se adaptam dentro de vasos, nesse caso o ideal é coloca-la em tronco de árvore ou casca de peroba que é o mais indicado.
Ex: C. walkeriana, C.shilleriana, C.acladiae, Oncidiuns (a maioria), Leptotes e Capanemia.

  • Orquídeas monopodiais com Vandas, Rynchostylis e Ascocentrum devem ser colocadas em cestos ou vasos sem nenhum substrato, assim exigem um cuidado especial todos os dias. Devem ser molhadas nao só as raízes, mas também as folhas com água adubada bem diluída.
Ex: Se a bula do adubo liquído indicar 1ml/litro, entao dilua 1ml/20 litros e borrife a planta toda a cada 3 horas em dias quentes e secos.